sábado, 12 de agosto de 2023

A CARTOMANTE

 


 


Conto de Machado de Assis, considerado o maior escritor brasileiro, A CARTOMANTE, na adaptação para o teatro de José Maria Rodrigues se transforma num musical com músicas do cancioneiro popular, que vai de Francisco Alves e Orestes Barbosa, até Reginaldo Rossi, passando por Zé e Zilda, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Edson Ribeiro, e Luiz Queiroga.

Um dos contos mais famosos de Machado de Assis, A Cartomante apresenta o casal Rita e Vilela, que é advogado, e reencontra Camilo, um amigo de infância que contrata seus serviços para tratar dos processos judiciais que envolvem a morte de sua mãe. Porém, Rita envolve-se com Camilo, é criado um triângulo amoroso e o desenrolar da vida de todos vai por um caminho infelizmente comum, que representa uma das mazelas nacionais, o feminicídio e o crime de honra.

Em 99% o espetáculo é para cima, alegre, com muita música, apesar do drama ir se aproximando sorrateiramente, até que ao final se instala a tragédia, que soa inesperada.

Por isso o conto continua atual, porque além da qualidade literária, trata dessa idiossincrasia nacional. Oito atores contam essa história, onde todos são narradores, todos são personagens.

A Cartomante inaugura o Projeto Machadianas Cênicas que vai levar para a cena as obras não dramáticas do autor, contos especialmente. Tem duração de 50 minutos e é destinado a adultos e jovens acima de 14 anos.

 

O espetáculo estreou em fevereiro passado no Teatro do Memorial Getúlio Vargas, na Glória, onde fez seis sessões, em abril foi para o Cine Teatro Joia, em Copacabana, onde cumpre temporada, com término previsto para   dia 25 deste mês, fazendo 42 sessões.

O sucesso se dá devido ao enfoque que se deu ao espetáculo, ao traduzir a tragédia machadiana pelo que ela tem de coloquial, de disse me disse, de fofoca, de cartas anônimas, alicerçado tudo isso pela música popular, que hora faz contraponto com a cena, e outra hora é a própria cena encarnando os dilemas, os receios e as alegrias dos personagens.

 

 

Ficha técnica:

Adaptação e Direção: José Maria Rodrigues

Elenco: Carlos Maia, Gina Teixeira, Henrique Brito, José Maria Rodrigues, Julia Pinheiro, Julinho Santos, Mara Soto e Tuninho Rosamalta.

Direção Musical: Tuninho Rosamalta

Figurino e Adereços: Carlos Maia

Direção de Movimento: Rodrigo Bahiano

Operação de Som e Luz: João Gabriel

Fotos: Luiz Cordeiro

Produção: Jaguar

 

 

sábado, 13 de junho de 2015




JOSÉ MARIA RODRIGUES MONTEIRO é paraibano de Mamanguape, dramaturgo, diretor teatral, ator, escritor, cordelista, editor. Atualmente em cartaz como ator no espetáculo "Grande Sertão: Veredas", de Bia Lessa. O espetáculo anterior como autor, diretor e ator foi "O Patrocínio – a comedia", montagem nordestina, que estreou em seis de maio de 2017, em Goiana-PE, e já passou pelas cidades de Guarabira-PB e João Pessoa-PB (Teatro Paulo Pontes,  26 /27 de maio).   A primeira montagem, com elenco carioca, estreou em 5 de abril de 2016 na Casa Benet Domingo, na Urca, cumprindo temporada até fins de junho, depois no Gabinete de Leitura Guilherme Araújo, em Ipanema, de julho a outubro.  Estreou "Na Moral das Estórias", em seis de junho de 2015, na 2ª Mostra Internacional de Teatro de Rua de Teresópolis-RJ, cumprindo turnê no Estado do Rio até 2016, em diversos espaços.

Autor de “O Homem de Nazaré — A Via Sacra de Hoje”, seu texto mais encenado. São mais de quarenta diferente montagens em diversas cidades, e ainda no Rio de Janeiro, na Rocinha, projeto indicado ao Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, em 2010, que recebeu a distinção de Patrimônio Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro, em 2015, dada pela Câmara Municipal.  

Escreveu e dirigiu: Tizé e o Pavão Misterioso, Prêmio Montagem do FATE-Secretaria Municipal das Culturas - Rio de Janeiro-2004. A Volta do Prometido, prêmio montagem do programa Ação Macaé Cultural, Teatro Municipal de Macaé-RJ-2008, entre outros.

Atuou nos longas metragens: "Travessia" de Bia Lessa, a ser lançado, e "Espiral", de Paulo Pons - PAX Filmes – 2008. Publicou: Por uma dramaturgia de raízes populares- 2007, coletânea com quatro de seus textos premiados.  As Águas do traz-e-eleva (romance) e os juvenis: Uma família brasileiraO Homem que pensava em mudar o mundo e O Segredo de Camila,  e os livros de contos: Os sonhos e o Horizonte, em 2012, e Suzana em Copacabana (e-book) em 2015. 
 
Tem peças publicadas em coletâneas de concursos nacionais de dramaturgia, e na Revista de Teatro da SBAT. Foi classificado com o Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel, do Ministério da Cultura, em 2010, e recebeu prêmio de Melhor Texto do VIII Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias-2011.

Criou e produz o projeto TEATRO NA EMPRESA, junto às áreas de Saúde e Segurança do Trabalho, levando teatro a diversas empresas como SHELL - Complexo da Ilha do Governador, DATAPREV, Apolo - Produtos de Aço, ESTALEIROS CANECO, REFINARIA DE MANGUINHOS, CYANAMID, LIGHT, FURNAS - Escritórios Centrais, Fundação Real Grandeza, BNDES, FRONAP (Subsidiária PETROBRÁS), SESC, Prefeitura Municipal de Macaé, entre outras.

Ator em mais de 30 espetáculos, entre os quais: “Exercício nº 1” de Bia Lessa, “A Comédia da Abandono”, “A Volta do Prometido”, “Tizé e o Pavão Misteriosos”, e “Cara a Vara”. Escreveu e dirigiu peças sobre períodos da nossa história, como “Histórias da História”, “Os Incríveis Anos 60”, “Brasil aos trancos e barrancos”, e “68 - A Imaginação no Poder”, patrocinadas pelo SESC do Rio de janeiro, entre outras.

Ministrou a oficina de dramaturgia: Uma leitura do Texto Teatral, para o SESC Nacional, em diversas cidades dos Estados do Paraná, Ceará, Santa Catarina e Piauí. 


Recebeu mais de 30 prêmios em Concursos de Dramaturgia e Festivais de Teatro. É Diretor/Editor da Taba Cultural e Diretor do Centro de Experimentação Teatro de Raízes Populares.